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segunda-feira, 13 de maio de 2013

AS EQUIPES CAMPEÃS 
DO FUTEBOL ANTONINENSE 
ANOS 70

1970 - XV DE NOVEMBRO SPORT CLUB


1971 - ASSOCIAÇÃO ATLÉTICA 29 DE MAIO
 
1972 - NÃO HÁ INFORMAÇÃO DE CAMPEONATO

1973 - CLUBE ATLÉTICO ESTIVA

1974 - ESPORTE CLUBE CEARÁ 
 
1975 - ANTONINA FUTEBOL CLUBE

1976 - ESPORTE CLUBE CEARÁ
                                        1977 - ESPORTE CLUBE CEARÁ 
 
1978 -  NÃO HÁ INFORMAÇÃO DE CAMPEONATO

1979 -  ASSOCIAÇÃO ATLÉTICA 29 DE MAIO

       SOLICITAMOS INFORMAÇÕES SOBRE OS CAMPEONATOS DE 1972 E 1978 COM OU SEM FOTO, (ADIANTAMOS QUE EM 1980, NÃO HOUVE O EVENTO), PODERÁ  SER ENVIADO COMO COMENTÁRIO OU PARA marcusporvinha FC, O QUE, ANTECIPADAMENTE, AGRADECEMOS.

sábado, 4 de maio de 2013


OS GARRINCHAS DO FUTEBOL ANTONINENSE

          No tempo em que havia laterais (os marcadores dos pontas, esquerda ou direita, o nº 2 ou nº 6), que não passavam do meio campo e o seu trabalho era marcar, "dar conta" dos pontas, a vida não era fácil para ambos dentro do campo. Era uma guerra particular, que fazia a torcida de onde fosse, no Maracanã ou no campo do 29 de Maio em Antonina, fazer desses duelos, um show à parte.

NHONHÔ

 Eu ainda vi, um restinho da habilidade de Nhonhô, jogando pela ponta esquerda do Internacional, no início dos anos 60, quando eu tinha uns 14, 15 anos e ia "serrar treino" no time do treinador, seu Batuta, sapateiro consagrado, onde eu levava minhas chuteiras para repregar. Eu era fã dos outros do mesmo ofício, como  seu Pixote (pai de Leonel e Niro), do seu Vinino, mas seu Batuta ficava falando de futebol e me convidava pra ir treinar no meio dos adultos, no campo onde hoje é o Jardim Maria Luiza) e ficava esperando, às vezes, o treino todo pra jogar uns 10, 15 minutos, que valiam à pena, pois assistia "de camarote" veteranos como Arnoldo, Aroldo, Mário Cangalheiro, Aércio, Benedito couro fresco, Sílvio, Marçalo, Odilon, Jorge Mussi, Manuquéco, Maravilha, entre outros mais jovens.  Segundo os mais velhos, como seu Onamar, que fazia grandes duelos com Nhonhô, nos clássicos  entre  29 x Estiva dos anos 50. "...marcar Nhonhô, naquele time tri-campeão da Estiva, era quase impossível. Além de rápido, ele saía de qualquer marcação e cruzava a bola perfeita para os atacantes. E, se a gente desse bobeira, ele ia lá dentro do gol.  Era baixinho, entroncado e gostava de receber a bola, quase na linha de fundo. Se o lateral chegasse "seco", ele já tinha o drible engatilhado. Se ele dominasse a bola, só se podia cercar e esperar que não viesse pra cima. Daí, só o pau comendo pra parar o homem. Nhonhô era liso demais, parecia  um bagre ensaboado, mesmo". O futebol de Nhonhô, era igual a um dos maiores pontas esquerdas do futebol brasileiro, chamado Canhoteiro, do São Paulo F.C. e da seleção brasileira, que  ficava endiabrado em dia de clássico e fazia a alegria da torcida sãopaulina. Nhonhô, era um dos preferidos do antoninense Bino, o Gato Selvagem do Corinthians, que dizia que ele jogava mais que o Pinga, ponta esquerda do Vasco ou Rodrigues do Palmeiras, craques de seleção que Bino enfrentou várias vezes.                                            

OSMAIR

   Vi e joguei com Osmair, ponta direita espetacular que driblava em diagonal e chutava de esquerda com muita precisão. Quando procurava a linha de fundo, ia pra cima do lateral e cruzava a bola com perfeição. Entretanto, se Osmair parasse na frente do marcador, podia contar que ia dar encrenca, pois quando driblava e arrancava, os laterais não davam moleza; batiam duro e daí, o bicho pegava. Osmair iniciou no 29 de Maio e já foi bi-campeão em 1957, vice em 59 e 60, depois, em 63 e em 1964, onde sagrou-se campeão amador, foi para o C.A. Batel, onde já tinha ambiente por ter disputado muito bem o Campeonato Amador do Paraná em que o Batel chegou a ser semi-finalista e só não disputou as finais, devido perder no tapetão da FPF, que benefíciou o Monte Alegre e que acabou sendo campeão paranaense em 1962. Joguei a Taça Paraná de 66 com ele (que era grande estrela do time e que tinha vindo junto com Romário (do Batel), que por indicação de Jamil Fahad, foi convocado para substítui-lo no time do 29 de Maio, campeão invicto dede 1965, nessa Taça Paraná) e vi, ao vivo, do que era capaz, jogando e brigando.    A Taça Paraná era assim: um jogo lá e outro cá (ou vice-versa) e quem perdia saía da Taça. Logo, no primeiro jogo, em Paranaguá e enfrentamos a A.A. Portuários e vencemos por 2 x 0 e Osmair foi impecável, jogou muito. Depois, em Antonina, foi mais fácil e ganhamos por 3 x 0. Eu era beneficiado com as jogadas de Osmair,  mas sendo o meu ídolo pela direita, pois acompanhei quase todos os jogos dele pelo 29 e o conhecia bem. Quando levantava o braço pra nos dentro da área, era garantido que ia driblar o marcador. Eu treinava sozinho e tentava imitá-lo, assim como era fã de Pimenta dentro da área, onde o baixinho era a fera e também, de Celso Máscara com a camisa 10. Esse era a festa. Naquela Taça Paraná, jogamos em Araucária e empatamos com gol de Osmair e o pau quebrou no final. Ele e Alcatrão foram cercados por uns 10 e os dois abriram caminho para o vestiário na pernada. Era o tempo da cerca de madeira que não segurava ninguém e só saímos de lá, à noite e protegidos pela polícia. Pois é, aqui em Antonina, Osmair deitou e rolou e ganhamos por 3 x 0. Ganhamos a Chave e fomos disputar com o Iguaçu (que foi o campeão), porém ganhamos em Antonina por 1 x 0, gol de Tico e lá, com nove jogadores, terminamos a partida perdendo por 1 x 0, mas tivemos que jogar a prorrogação com os mesmos 9. Adivinhem os que foram expulsos? Osmair e Alcatrão.  


  Paulo Sabico. Esse, quando nasceu, na sua certidão de nascimento foi escrito "camisa 7, ponta direita". Quando era moleque, malhava Judas com um pedaço de pau e depois que cresceu, os laterais que se vingavam descendo o pau  nesse ponta direita, pois não tinha outro jeito de parar a fera. Sabico, com quem eu tive a felicidade de jogar no amador pelo 29 e Estiva e no profissional pelo Água Verde, formando umas das maiores duplas com quem joguei, aliás, quem jogasse com ele, formava uma dupla espetacular. Vi Sabico fazer dupla com Adinho, no Matarazzo F.C., com Santana, no Antonina F.C., no 29 com Luiz Carlos Cabeção, entre outras. Lembro em um jogo da Taça Paraná, contra o Iguaçu (3 x 3 , em Santa Felicidade, 1973) que o treinador usou três laterais e não deram conta de parar o homem. O primeiro saiu com 20 minutos de jogo, o 2º durou até o intervalo e o 3º teve que ficar, pois só se podia substituir dois e mais o goleiro. Nesse jogo, além de infernizar a defesa do Iguaçu ele bateu a falta do 1º gol que Alceu Pó fez, no rebote, fez o 2º gol de cabeça e passou a bola pra mim, pra que eu fizesse o 3º gol; a sua atuação foi espetacular. No jogo anterior, quando ganhamos a Chave 7 da Taça Paraná, vencemos a Liga dos Minérios (o time do famoso Bequinha do Coritiba F.C.), em Curitiba, por 2 x 0, com dois gols de Sabico. Posso afirmar que fui o artilheiro da competição, graças aos passes e cruzamentos precisos desse maravilhoso ponta direita. Paulo Sabico, só tinha um defeito: se eu fazia um gol, o outro tinha que ser dele. Pois, é, ele foi o vice-artilheiro da Taça Paraná, junto com Vermelho, do Iguaçu. Velocista, driblador e goleador. Já com uns 40 anos, fomos jogar em Morretes contra uma seleção de veteranos. Quando entramos em campo, ali no Cruzeiro, disseram: "Porvinha e Sabico não podem jogar juntos, só um cada tempo" e não adiantou a chiadeira. Daí, Sabico jogou o primeiro tempo e Lídio, irmão de Zeca entrou no meu lugar. Primeiro tempo 5 x 0 com cinco gols de Lídio. Jogar com Sabico era garantia de fazer gols e se a gente não fizesse, ele fazia.

domingo, 28 de abril de 2013

A HISTÓRIA DOS CLUBES ANTONINESES 
NA TAÇA PARANÁ DA FPF

        Um breve resumo das participações dessas equipes nas Taças Paraná, destacando em poucas linhas e esperando que o público que curtir esta página, enriqueça com fatos que  testemunharam e ajudando a contar a grande história dessas equipes nesses eventos.

  A HISTÓRIA PELA TRIBUNA DO PARANÁ

  TODOS OS CLUBES
 CLUBE ATLÉTICO BATEL

 XV DE NOVEMBRO SPORT CLUB 

ASSOCIAÇÃO ATÉTICA 29 DE MAIO

 ASSOCIAÇÃO ATLÉTICA MATARAZZO

CLUBE ATLÉTICO ESTIVA


CEARÁ ESPORTE CLUBE

SOCIEDADE ESPORTIVA GUARÁ 

 CLUBE RECREATIVO VASCO ANTONINENSE

  JUVENTUS  FUTEBOL CLUBE

   Nesse período, tivemos os campeões Amadores, em 1975 o Antonina F.C., em 1995 ou 96 o Caixa d`Água, entretanto, não temos informações de participações na Taças Paraná, no momento, mas iremos providenciá-las junto a diretores e comunidades campeãs.       

Contamos com a colaboração dos leitores, com as correções  que porventura tenha ocorrido e sugestões, as quais agradecemos.


quarta-feira, 3 de abril de 2013

AS EQUIPES CAMPEÃS DO FUTEBOL ANTONINENSE
anos 60


TRI-CAMPEÕES 1960
TETRA-CAMPEÕES 1961
CAMPEÕES 1962
BI-CAMPEÕES 1963

CAMPEÕES DE 1964
CAMPEÕES DE 1965
CAMPEÕES DE 1966

CAMPEÕES DE 1967
CAMPEÕES DE 1968
 CAMPEÕES DE 1969

sábado, 30 de março de 2013

OS ARTILHEIROS
 DO FUTEBOL ANTONINENSE (1)

        Para o artilheiro, a satisfação de fazer um gol, é toda a recompensa que ele deveria receber, nada mais que isso, nem os aplausos, muito menos dinheiro. O momento do gol,  é como se fosse uma explosão dentro de você, não se enxerga direito a torcida, não se entende o quê a torcida grita, se descordenam os movimentos e a gente não escolhe quem abraçar. Entretanto, a vida do artilheiro, se, por um lado quase sempre é o herói do jogo, quase sempre é a estrela na hora da vitória, quase sempre é consagrado por sua torcida,  por outro lado, ser artilheiro ou fazer gols decisivos, não garantem amor permanente da torcida, basta errar em um momento crítico de uma partida importante, ir jogar em outro time para que caia em desgraça. Já aconteceu muito disso com goleiros fantásticos que eram unanimidades nacionais, goleiros que pegavam tudo e falharam na hora "H" (como Barbosa do Vasco, na Copa de 50, quando Brasil perdeu o título para o Uruguay e ficou maldito), assim, aconteceu com artilheiros, como Alcindo do Grêmio de PA, na Copa de 66, na derrota pra Hungria por 3 x 1, quando ele perdeu um gol inacreditável na linha do gol, quando estava 1 x 1. Depois, o Brasil perdeu para Portugal de Eusébio e ficou fora da Copa).
            Entretanto, em Antonina, nossos artilheiros são guardados na memória seletiva e não são lembrados pelos erros. Seus gols ainda rendem comentários pelas esquinas, nos bancos de praça, bastando para tanto, tocar no assunto. Alguns desses ídolos dos anos 40, 50, 60 ainda caminham por nossas ruas e é uma grande honra para os que viramseus gols e jogadas e não os esqueceram. A Casa dos Heróis, é a História e o endereço é nossa lembrança. Esta série vai ser longa, pois os artilheiros só perdem para os craques, pois essa lista, é muito maior.
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Walter
Walter Correia ou Walter Sabão, é o maior de todos. Além dos muitos gols feitos por aqui, nos encheu de orgulho quando se consagrou Artilheiro do Campeonato Paranaense de Futebol de 1965, pelo Clube Atlético Paranaense, marcando 24 gols, tornando-se por sete anos, o maior artilheiro da história do Furacão em campeonatos profissionais da FPF, até seu recorde ser superado pelo incrível Barcímio Sicupira em 1972 com 29 gols.  Walter, é o 2º Maior Artilheiro do rubronegro em campeonatos paranaenses, junto com o fantástico Zé Roberto, com os mesmos 24 gols feitos em 1968 e Washigton (do casal 20), em 1982. Ficou, até hoje, à frente de lendas vivas como  Kleber Pereira em 2001 e Reinaldo em 1993, que fizeram 22 gols., por fim, marcou mais gols que Jackson Nascimento em 1953 e Paulo Rink em 1997, que fizeram 21 gols. Mais atrás ficaram Tuta, com 19, Alex Mineiro com 17, entre outros. 
     Pelo Coritiba F.C., na sua estréia em 1967, fez  os três gols da vitória coxa sobre o Campeão espanhol Atlético de Madrid. Fez muitos gols pelo alviverde e outros tantos pelos demais clubes que passou,  Walter, é o nosso maior artilheiro do futebol antoninense.  
  Jogou pelo Matarazzo F.C. e A.A. 29 de Maio, Fluminense do Rio de Janeiro, Grêmio Oeste de Guarapuava e C.A. Paranavai. Vive, hoje, em Antonina com sua família.   É uma honra tê-lo como Amigo, franco e sempre que o encontro, está de bom humor, sutil, como vencedor que é e sempre foi.

 06/08/1967 - Coritiba 3 x 2 Atlético de Madrid (Espanha)
Local : Estádio Belfort Duarte (Curitiba) · 
Gols do Coritiba: Walter (3 gols)
Detalhes: - A dupla Kruger e Walter simplesmente infernizou a defesa espanhola. Após a partida, o técnicodo time de Madrid, Oto Glória, fez de tudo para levar os dois para o futebol espanhol. 
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Nininho
   Nininho, Jacyr Cruz, irmão de Joel, de Dodico e Jairo, um craque de bola excepcional, que em um jogo no dia 25/março/1962, no Estádio Durival de Brito, contra o C.R. Flamengo, fez os três gols da vitória do Clube Atlético Paranaense e virou manchete na Tribuna do Paraná "Nininho 3 x Flamengo 2" e no Rio de Janeiro, como o "novo Dida" (O maior artilheiro do Flamengo, até ser superado pelo inigualável Zico, era titular da Seleção de 1958, na Suécia e que foi para essa Copa do Mundo, com Pelé como seu reserva). Para Nininho, infelizmente, não se reservou o sucesso que o seu futebol merecia, pois foi traído pelo amadorismo dos diretores do Atlético que não o deixaram excursionar pela Europa e fazer os 15 jogos com o rubronegro da Gávea, mesmo com o Flamengo chegando a oferecer 5 milhões de cruzeiros, à época. Pelo futebol, dificilmente Nininho não seria um jogador da seleção brasileira, entretanto, por sua personalidade forte e temperamento dificil, certamente não suportaria os esquemas dos diretores exploradores, da imprensa do jabá e do patrulhamento dos empresários.  Nininho em 1959, em Paranaguá, jogou pelo Rio Branco S.C. no dia 21/julho/1959  contra o poderoso C.R. Vasco da Gama, o Super Super Campeão Carioca de 1958 que venceu por 2 x 0 (gols de Almir e Pinga) e enfrentou um time com Barbosa, Paulinho e Belini, Écio, Orlando e Coronel. Sabará, Livinho, Almir, Rubens e Pinga, um time com sete jogadores da seleção brasileira. Tive a oportunidade de jogar uma vez com ele em Paranaguá, convidado pelo C.A. Batel, em 1965. Nininho era uma pessoa simples, do interior, frequentava a minha casa e era meu Amigo, como seu tio Pedro Tracalhaque, assim como toda a sua Família. Na partida na final de 1958, quando o Batel foi Campeão e abriu ao caminho para o Tetra, o rubroverde venceu por 4 x 1 o Internacional. Ele fez os quatro gols. Em 1959 era titular e ídolo do Clube Atlético Parananese.   

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 Pimenta, Adilson Barreto, foi o artilheiro que mais admirei na minha formação como jogador de futebol. Baixinho, mas muito forte, era dono de uma impulsão e velocidada na área, inigualáveis Fazia gols driblando curto os zagueirões, chutava com pontaria incrível da entrada da área e fazia gols de cabeça com facilidade e de vez em quando, fazia uma obra-prima: Quando subia para o cabeceio, matava a bola no peito e chutava de voleio. Em um jogo entre o C.A. Batel e o Palmeiras de Jaguariaiva pelo Campeonato do Interior de 1962 (do qual o Batel venceu, mas não levou, superado no tapetão da FPF), vi um desses gols maravilhosos. Após um cruzamento da direita de Osmair, Pimenta antecipa o zagueiro, matando a bola no peito e antes que ela caisse, fez um voleio digno de Maracanã. Era o gol da vitória por 4 x 3, entretanto, um bandeirinha chamado Pé-de-galinha e também de Chapéu-de-zinco, que era sargento da nossa Polícia Civil,  atuando do lado da  torcida do Batel, ali no guapezeiro, levanta a bandeira e a turma dos compadres  invadem o campo. Até sombrinhada ele levou, mas depois de muita correria pelo campo, intervenção da polícia ele voltou ao seu lugar e manteve a decisão. Pois é, talvez um dos gols mais bonitos que vi, não valeu. Entretanto, Pimenta me presenteou com muitos outros e alguns quando joguei ao seu lado na X Taça Paraná wm 1973, na memorável campanha do C.A. Estiva. Se, eu tive em quem me espelhar para ser um artilheiro, foi em Pimenta, meu ídolo dentro da área. Pimenta jogou no C.A. Seleto de Paranaguá, alguns jogos pelo C.A. Paranaense e Olímpico de Irati.
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Miro Pixote, atacante capaz de driblar como quem brincava com a bola e era dono de uma incrivel tranquilidade para finalização. Não só vi, como joguei ao seu lado, quando proprocionamos uma disputa fantástica pela artilharia do campeonato de 1965. Miro, que após ser bi-campeão pela A.A. 29 de Maio 56-57, em 1958,  foi fazer testes no Clube Atlético Paranaensem juntamente com Osmair (filho do grande goleiro Bino, ex-goleiro do S.C. Corinthians Paulista). Pois bem, simplesmente acabaram com o treino (os testes eram feitos contra o time titular) e Miro marcou cinco gols. Foi uma atuação que deixou boquiabertos os diretores do CAP, que imediatamente os levaram para assinar contrato. Conta Osmair, (que já trabalhava na agência do Banestado de Antonina), que na 2ª feira pediu para depositar o cheque em suas conta, da "luvas" recebidas (uma espécie de caução quando se faz como garantia de um contrato). O cheque voltou sem fundos uma vez e Osmair e Miro desisitiram do Atlético, embora os apelos dos dirigentes rubronegros
Miro Pixote, era o rei dos dribles por baixo das pernas do adversários. Ele dizia: "tá!" e o marcador abria as pernas para impedir o passe e tomava o drible. A maioria dos zagueiros, só o cercavam, pois se viessem tirar a bola dele, podia contar que tomava o drible. Aprendi muito com ele. Estava sempre rindo e deixava a gente na cara do gol e dizia: "Assim, você gosta, né?". A nossa disputa particular pela artilharia do campeonato pegou fogo noa últimos jogo do campeonato de 65, quando eu estava com 14 gols e Miro, com 11. Veio um jogo contra o lanterna da competição e ganhamos por 9 x 0. Miro fez 7 gols e passou 4 gols na minha frente (desses, ele me enganou umas 5 vezes dizendo "tá!" e eu ia, mas ele driblava e fazia o gol). Fiquei muito bravo, que cheguei a pedir pra sair, para o técnico Onamar. Bem, não fiz nenhum gol e fiquei sem falar com ele durante a semana que iríamos jogar contra o Matarazzo de Juri, Janguito, Deodato e Ferreira, de Santinho, Sussumo, Marçalo, Harmínio, Piava, enfim, um clássico que definiria o finalista do 2º turno. Ganhamos por 6 x 1 e eu fiz 4 gols. Detalhe: Jamil foi quem passou as quatro bolas para meus gols. Miro fez um e Tico Fahad, o outro. Miro ficou um gol na minha frente. Domingo seguinte o Batel de Reinaldo, João Honório, Duia, Baíco e Cascalho. Vadinho, Romário e Lilinho, Osmair, Pimenta e Mililique. Onamar deu uma preleção de uns 10 minutos só pra nós dois: "se vocês não se acertarem, vamos perder esse jogo! Lembrem-se que jogamos por um empate!".  Fizemos 2 x 0 (um gol meu e outro de falta de Miro) e o Batel apertou, mas só conseguiu o empate em 2 x 2. Fomos campeões e Miro, o artilheiro do campeonato; merecido. 

quarta-feira, 27 de março de 2013

A FÁBRICA ANTONINENSE DE GOLEIROS (3)

  Excelência no gol 

       Eu não entendia como alguém escolhia ser goleiro e ficar naquela imensidão que é  o espaço entre as traves, onde todos os adversários e suas torcidas querem que a bola ultrapasse a linha dp gol dele. Gritam, xingam com eles e quando se ouve o lamento "Uuuuuh!",  são os goleiros que frustram as torcidas inimigas, depois de uma bela defesa. Mas, ainda continuava não entendendo, como alguém se sujeitava a treinar mais que os outros (o goleiro é o único que tem treinador exclusivo), ser injustiçado na maioria das vezes porque seu time tomou um único gol e se, seu time perder a partida, quase sempre ser escolhido como "culpado" por sua torcida. Esses caras, para mim, eram um misto malucos-heróis e eu tinha medo deles. Eram os donos da pequena área e mandavam em todos de sua defesa. Bola na área, por cima, eram sempre deles com seus braços compridos, por baixo, entravam com os joelhos, com os pés, muitas vezes, quase na altura do peito ou da da cabeça da gente. 
      Até receber um conselho que me orientou pro resto da vida como jogador de futebol, eles eram o meu inferno. "Se você tiver medo do goleiro, ele pressentirá e vai crescer à sua frente e você nunca vai vencê-lo. Mesmo que faça o gol, você não o derrota. Ele sabe que lhe intimida. Portanto, você só tem uma chance, como no momento de um pênalti. Quando entrar na área, levante a cabeça e esqueça a bola, pois ela está na sua visão periférica (o campo é verde e a bola é branca), portanto, olhe para o goleiro que ele para e o movimento que você fizer, a seguir, ele repetirá (a iniciativa passa a ser sua). Só então, poderá vencê-lo e ser respeitado por ele. 
Flávio
          Goleiros tranquilos e estilosos como Reinaldo, Bino, Jair Cruz, Cobertor, Ari, Pedrinho, Juri, goleiros voadores como Madeia, Iional, Mário Simão, Catita, entre outros, era bonito de ver e até os adversários aplaudiam, mas tinha goleiros que eram cruéis, que não perdiam viagem e não perdiam as divididas  e só os "tanques" como Quinco Simão, Juquinha Galinha, Harmíneo, Walter, é que enfrentavam esses goleiros. Subir de cabeça em um cruzamento com um goleiro Flávio ou Álvaro Gato, por exemplo, era um risco de vida. Eles subiam e davam um soco na bola (a maioria das vezes pegava a cabeça do jogador). Poucos atacantes dividiam essa bola com eles. Foram goleiros de muita personalidade e não eram estilosos, não jogabam pra torcida. Flávio, era alto e jogava mais "embaixo do gol" e quando saía, era pra ganhar a jogada. Jogou no 29 de Maio, por muitos anos e também no XV (onde vi jogar), além do Internacional, onde foi vice-campeão de 1958. Era o carteiro da cidade, junto com Arãozinho, dois grandes Amigos com quem convivi, adolescência e juventude. Com Flávio, tive uma oportunidade de sentir sua autoridade fora do campo. Seu filho Valdo, num 2 de novembro, Dia de Finados, resolveu jogar bola no campo do Batel e eu estava lá, também jogando contra um time de Paranaguá. Pois bem, o lateral deles arrancou um "tampo" de sua testa com a chuteira e sobrou pra mim para levá-lo ao hospital . Depois de remendado (9 pontos), quem iria levar o guri pro seu Flávio?  Até seu Onamar (que era seu vizinho) pipocou e eu que tinha só 17 anos, tive que enfrentar a fera. Ele foi educado comigo, agora, com Valdo, só ele pode dizer se o couro comeu ou não. Essa hora, eu estava longe.

Álvaro Gato
Como Mário Simão, Álvaro era um grande goleiro e também jogava de centroavante e dos bons. Vi muitas partidas em que ele fechou o gol do C.A. Batel, como também vi ele fazer gols decisivos na campanha do tetra-campeonato. Ali no Batel, todos se tratavam de "compadre. compadre Xisto, compadre Romário, compadre Lilinho, compadre Zizinho... Acho que só a geração de Macico, Cascalho, Duia é que não se tratavam assim. Quando vim morar novamente em Antonina, em 2005, aluguei a casa de Auzer, irmão de Onamar e ele era quase meu vizinho. Já andava meio abatido de saúde e sempre ficava tomando sol, na frente de suas casa. Uma tarde, peguei meu álbum com o acervo do Batel  e fui mostrar pra ele. Lembro que olhava cada foto (30 x 40 e colorizada) e dizia "mas que lindo essa, Marquinhos!" Passou a tarde olhando aquelas fotos e matando as saudades dos compadres, me contando alguns causos de sua história como jogador e me explicou a famosa história que Nêne Boca Rica (pai de Luiz pé de pano), bateu no árbitro num campeonato do Interior (que o Batel venceu, mas perdeu no tapetão da FPF e o Monte Alegre acabou ganhando o título), enfim, Nêne foi expulso pelo árbitro e (disse Álvaro), que ele saiu resmungando, mas nada mais que isso. Acontece, que quando ia passar por baixo da cerca, Fernando Buck que era o presidente, disse "..nem passe prá cá, antes vai lá e de uma porrada na cara daquele ladrão!" E Nêne, que não recusava uma boa briga, foi lá e arriou com o coitado.. E, Álvaro: "Ah, Marquinhos, eu juro pra você, que se compadre Nêne não fosse lá, quem ia lá era eu e dava-lhe uma bem no meio da testa. Ah, naquele tempo, ninguém me segurava". Bem, como Álvaro não era flor que se cheirasse jogando bola, eu acreditei.Nem precisava jurar...

Catita
Catita, esse era estiloso. Nos treinos, Mário Simão fazia uma ponte e ele fazia outra. Como disse em outra postagem sobre goleiros, o XV de Novembro sempre teve craques nessa posição. Tinha, ainda, Cobertor e Zeco. Até no 2º quadro, a briga era boa entre Josicler, Capim Seco e Baiacaca. Mas, Catita gostava de falar meio santista, quando eu chutava e ele pegava ou espalmava a bola e dizia: "Aqui, não, Major!" e quando eu fazia um gol, era o de sempre "Você é muito rabudo!" (muita sorte). Certa vez, em um torneio início em que o XV ganhou (1965), se o jogo terminasse empatado, o jogador tinha que bater cinco pênaltis seguidos e depois o outro tinha que fazer os cinco para empatar e seguir para três, dois, etc. Pois bem, o Jair Henrique fez os cinco e seu Onamar mandou que eu batesse. Eu treinava muito e o velhinho confiou. Nem olhava para o Catita, mas ele ficava falando "se bater no canto esquerdo, (dele) eu pego! Eu fui lá e bati no esquerdo e ele acertou o canto. No segundo, bati no mesmo canto e ele quase pegou. No terceiro, ele falou: "Tô falando, se bater aqui, eu pego." E, pegou. O XV foi o campeão do torneio início e larguei mão de bater pênalti por um bom tempo, pois aprendi que só quem fica no lucro é o goleiro. Bater pênalti é uma arte e muito, mas muito treinamento.

 José, veio do Matarazzo F.C. com Ferreira, Laertes, Deodato, Mário Cangalheiro, Walter e se tornou campeão antoninense de 1956 pela A.A. 29 de Maio. Era um goleiro tranquilo, seguro e se colocava muito bem. Não fazia alarde, era eficiente e não gritava com os companheiros, mais do que os alertas necessários que sempre sai do goleiro. A famosa frase "É minha!", era suficiente pra saber que a bola era dele. Saía pouco do gol, mas sua boa colocação, decidiu muitos jogos na campanha de 56. Onamar que diz: "José, era um baita goleiro." Ferreira, Laertes, Walter, sempre teciam muitos elogios sobre ele. Comentavam, que ele chegava, punha o material, entrava en campo e jogava. Terminava a partida, era aquela arruaça no vestiário e nem percebiam que José já tinha ido embora. 


    Juri, outro goleiro que era bonito de ver jogar. Lá no campo do Matarazzo ou lá no campo do 29, fizemos grandes confrontos. Era um goleiro rápido, ligeiro e muito difícil de fazer gol cara a cara com ele. Parecia um gato, sempre tinha a impulsão necessária para fazer a defesa. Jamil dizia, que eu deveria entrar na área e já chutar, pois se deixasse que ele chegasse, ele saía nos pés do atacante e não se deixava driblar. Ele era muito educado e uma pessoa simpática. Nunca mais o vi e gostaria de saber dele. Juri, era maquinista do trem do Matarazzo e foi protagonista de uma história incrível, mas não como goleiro. Contam, que um belo dia ele foi fazer uma ré com o trem e não é que a máquina e o vagão que puxava, cairam no mar?!   

segunda-feira, 25 de março de 2013

AS EQUIPES CAMPEÃS DO FUTEBOL ANTONINENSE
anos 30, 40 e 50


BI CAMPEÕES 1929 e 30


  TRI-CAMPEÕES 1933-34-35
CAMPEÕES DE 1945

 CAMPEÕES DE 1945

 BI-CAMPEÕES DE 1946-47

 CAMPEÃO DE 1949
 BI-CAMPEÕES 1950-51
TRI-CAMPEÕES DE 1952-53-54
CAMPEÕES 1956
 BI-CAMPEÕES 1957
CAMPEÕES DE 1958

BI-CAMPEÕES 1959
 A SEGUIR: CAMPEÕES DOS ANOS 60